Após a invocação (Pai
nosso que está nos céus), a oração que Jesus nos ensinou se concentra primeiramente
em três pedidos em relação a Deus: 1 – Santificado seja o teu nome; 2 – Venha a
nós o teu reino; 3 – Seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.
Vejam que são todos pedidos em relação a Deus e sua glória. Por enquanto, não pedimos nada em relação a nós mesmos. Meditemos no
primeiro desses pedidos:
“Santificado
seja o teu nome”
O nome do Senhor já é
santo, e Ele já é adorado nos céus. Minha oração não faz com que tal nome se
torne mais santo. Daí dizer que o nome de Deus é santo é expressar o profundo
desejo que Ele seja reverenciado, adorado, e considerado cada vez mais santo
por cada um de nós.
O que é interessante é
que a oração não começa com os nossos pedidos, mas sim com a adoração ao Pai. Assim
devem ser todas as nossas orações, cultos, etc. Ele é o centro do culto e
importa adorá-lo em espírito e em verdade.
Nome aqui, neste
contexto, significa tudo o quanto a pessoa é. Jesus nos ensinou a chama-lo de Pai. Mas Pai não é um nome, é um
atributo divino. Nas Escrituras Sagradas, Ele se revelou com muitos atributos
que acabaram sendo tratados como nomes, como por exemplo: Elohim – Poderoso, Forte; El-Shaddai
– Deus todo poderoso; Adonai – Mestre;
Yahweh – auto-existente; Yahweh Jireh – O Senhor Proverá; Yahweh-rapha – O Senhor cura; Yahweh-nissi – O Senhor é a nossa
bandeira; Yahweh-shalow – O Senhor é
a nossa paz; Yahweh-ra-ah – O Senhor
é o nosso Pastor; Yahweh-tsidhenu – O
Senhor é a nossa Justiça; Yahweh-shammah
– O Senhor está presente; entre muitos outros. Além disso, há também outros
atributos divinos: Deus é salvador; Deus é zeloso; Deus é justo; Deus é santo; Deus
é fogo consumidor; Deus é amor!
Esses “nomes” divinos
foram sendo revelados a medida que o Senhor realizava algum ato em meio ao seu
povo. Esse conhecimento não veio por meio de um estudo acadêmico. Veio pela
experiência de um povo com o sagrado. Veio por revelação histórica, de modo que
alguém certa vez escreveu que Deus é “acontecimento”, é “ocorrência”, é “revelação”.
Em Israel, pensar em Deus não era fruto da especulação filosófica, mas de
acontecimento histórico, de experiência.
Então, quando nós
dizemos “santificado seja o teu NOME”, quando pensamos em um NOME para Deus,
estamos fazendo reverência a todos esses atributos. Quando pensamos em Pai,
pensamos em tudo isso e muito mais do que nossa mente possa alcançar.
Recapitulando,
aprendemos que na oração do Pai nosso, começamos invocando-o, chamando-o de
Pai, o que revela proximidade. Quando dizemos “nosso”, significa que somos uma
comunidade de irmãos em que Jesus expande sua filiação divina. Quando dizemos “que
está nos céus”, revela transcendência divina e autoridade.
Quando dizemos “Santificado
seja o teu nome”, aprendemos que o nosso primeiro pedido tem que ser em relação
à glória de Deus, e não a nós mesmos, pois fomos criados para sua glória e seu
louvor. A glória divina é a felicidade humana.
Que possamos glorificar ao Senhor com nossas vidas, e trabalhar para que seu Nome seja glorificado cada vez mais!
Se você quiser ler a primeira meditação que fizemos acerca deste tema, basta clicar aqui.
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