quarta-feira, 1 de março de 2017

O cálice de Jesus

Por Marta Souto

Leitura: Mateus 26.26-28

Introdução


Toda a Bíblia tem narrativas que prefiguram, apontam Jesus, o plano redentor de Deus:


·                   Desde a queda do Homem no Éden Deus promete resgate;

·                   Teria que haver derramamento de sangue para remissão, perdão de pecados (Hebreus 9.22);

·                   Deus chama um homem chamado Abraão, forma dele um povo, e esse povo se torna cativo no Egito.

·                  Deus liberta seu povo da escravidão enviando pragas à nação que o aprisiona;

·                  Na décima praga Deus estabelece anuncia a liberdade instituindo a festa da Páscoa e prefigurando a Obra redentora de Cristo na cruz (Êxodo 12.5, 7, 8, 11 e 14).

·            É como Deus disse a seu povo, o anjo da morte não tocou nas casas em que havia sague nas portas. O povo foi liberto para servir a Deus e continuar sendo exemplo para os povos e receber o Filho de Deus. O Egito representa aqui o pecado, o mundo sobre o qual virá a ira de Deus, a morte, a separação eterna de Deus, pois escrito está que o salário do pecado é a morte e que todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus. O cordeiro sem defeito representa o próprio Jesus, que sem pecado se entregaria como Sumo Sacrifício e com seu sangue derramado marca a vida de todo o crê n’Ele para a vida eterna como nos diz João 3:16.

·     Até que na plenitude dos tempos, Deus enviou seu filho Jesus, nascido de mulher, para nosso resgate (Gálatas 4:5-5). E dele João Batista disse: Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1.29);

·      E aos 33 anos de idade, Jesus se reúne com seus discípulos para celebrar a Páscoa naquele ano, pois o povo judeu a celebrava todos os anos.

·     E no evangelho de Lucas ele diz: “tenho desejado ansiosamente comer convosco essa Páscoa, antes do meu sofrimento. Pois vos digo que nunca mais a comerei até que ela se cumpra no reino de Deus" (Lucas 22.15-16).

·                   Jesus anseia em ter comunhão conosco;

·                   Jesus anseia que aqueles que ainda não o conhecem se assentem na sua mesa;

·                   Então na Páscoa judaica Jesus institui a ceia cristã. Agora dando ênfase ao pão símbolo do seu próprio corpo, que seria partido por nós. E ao vinho representando do seu sangue que seria derramado por nós, símbolo da nova aliança de Deus com o homem, para purificação dos pecados (Mateus 26.27-28).

Os cálices:


·     O Senhor sabia que sua hora havia chegado. Após a ceia Jesus vai com seus discípulos ao Monte das Oliveiras, os deixou ali e foi mais adiante orar, levando Pedro, Tiago e João.

·     Precisamos orar em comunidade com a igreja, precisamos orar com nossos íntimos irmãos, mas necessitamos ir mais adiante e orar intimamente ao Pai, como Jesus no Getsemani;

·     Em Mateus 26.39 Jesus ora: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E nos versículos 42 e 44 Jesus ora assim novamente. Três vezes Jesus orou ao Pai pedindo que se possível passasse dele esse cálice.

·     Algumas características do cálice que Jesus bebeu está em Isaías 53: Desfigurado. Desprezado. Rejeitado. Aflito. Ferido. Oprimido. Transpassado. Moído. Castigado. Humilhado. Cortado. Mas ainda no versículo 11 Deus diz qual o resultado desse sofrimento, justificaria a muitos.

·     Depois disso Jesus é abordado para ser traído e preso. Quando Pedro fere um dos soldados para defender Jesus, é repreendido pelo Mestre (João 18.11);

·     Jesus ofereceu a seu corpo como cordeiro sem mácula, em expiação por nossos pecados, sumo sacrifício (Hebreus 9.12);

·     Jesus tomou o cálice do amargo sofrimento que o Pai lhe deu para nos oferecer o cálice da nova aliança no seu sangue;

·     Comer e beber significa tornar participantes, tomar parte. Através de Cristo nos tornamos participantes da vida eterna, da salvação, da restauração de todas as coisas, da glória do cordeiro de Deus;

·     Cristo é primícia de Deus. Cristo é o princípio e o modelo do novo homem (1Coríntios 15.22-23; Apocalipse 19.7-9);

Podemos entender que quando Cristo nos convida para sua mesa, a comer do seu corpo e beber o cálice da nova aliança no seu sangue, ele nos convida a beber do cálice da sua glória sim, mas também do cálice da sua renúncia (Filipenses 2.5-8).

·     Não julgou por ursupação o ser igual a Deus = não force ser exaltado, ser grande; o reconhecimento virá do Senhor a seu tempo;

·     Se esvaziou = se esvazie, tire o que ocupa o seu coração para dar lugar ao novo pensar que vem de Cristo, do seu exemplo;

·     Assumiu a forma de servo = tome forma de servo, aquele que serve, que oferece. Amolde sua forma de viver;

·     A si mesmo se humilhou = se humilhe, se abata;

·     Tornou-se em semelhança de homem = reconheça sua condição de ser humano diante de Deus e se identifique com o próximo a quem Deus deseja salvar;

·     Tornou-se obediente = torne-se submisso à vontade de Deus, esteja sob o comando dele;

·     Foi até a morte e morte de cruz = vá até a morte do seu ego, da sua vontade e também até a morte do seu corpo;

O mestre Jesus continua convidando:

Tomai, comei, isto é o meu corpo. 

Este é o sangue da nova aliança, bebei dele todos.
  

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