sábado, 8 de julho de 2017

Pai nosso que está nos céus

Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai.

Entretanto, somente Ele, Jesus, é o Filho Unigênito de Deus. O único gerado eternamente no Pai.  Ele é o Filho com "F" maiúsculo, por assim dizer. Jesus estende então a paternidade divina de seu Pai para conosco, e se torna, portanto, nosso Senhor, mas também nosso irmão. É como se estivéssemos órfãos, e, em Cristo, passássemos a ser filhos por adoção (Gálatas 4.5).

Daí, precisamos entender que ter a Deus por Pai não é uma condição natural do ser humano, mas sim um privilégio que o Senhor estende para com aqueles que O acolhem (Leia João 1.12).

Ter a Deus por Pai significa que n'Ele temos a fonte de toda vida, de todo amor, de toda alegria. Ele é a base de nosso Ser. É d'Ele que temos toda provisão para a nossa verdadeira vida.

E ele não é somente o meu Pai, mas  também do meu irmão, por isso, é "nosso". Ele se deu inteiramente por cada um de nós, e nos deu o melhor de Si, que foi seu Filho. Se o Pai é nosso, significa que somos uma comunidade de irmãos. Por isso precisamos nos esforçar para que a cada dia vivamos, cada vez mais em comunidade, a realidade do Reino. Ninguém no Reino é solitário.

E Ele "está no céu". Profundo paradoxo. Tê-lo por Pai, significa que Ele é próximo. Mas que "está no céu", significa que é transcendente, ou seja, está para além da nossa realidade. Isso dá um profundo equilíbrio entre sua proximidade e sua transcendência. Acredito que é somente assim que temos um relacionamento correto com Ele. Nem próximo ao ponto de banalizar o relacionamento, mas também nem tão distante a ponto de não alcança-lo. Alguém já disse certa vez que Ele é o Totalmente Outro mais próximo de mim mesmo do que eu sou. E é assim que deve ser. Sua transcendência também é um alerta contra toda forma de idolatria, pois nada há no mundo que possua em perfeição todos os atributos que são d"Ele!

Assim sendo, a cada dia, devo me esforçar para aprofundar esse relacionamento com o Pai, por meio da oração. Mas também devo me esforçar para viver em comunidade, por reconhecer que faço parte de uma irmandade que está debaixo da mesma paternidade divina. E se Ele está no céu, recuso-me a reconhecer nesta vida qualquer coisa que reivindique se assemelhar a Ele e querer algum tipo de adoração para si.




Oração do Pai nosso
Pixabay

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